Sexualidade 1\3

 (daqui)

Talvez seja natural agir dessa forma, ou talvez isso tivesse vivido sempre comigo e tenha por arte mágica despontado ainda mais quando finalmente entendi o que perdi...
Não é por acaso que as mulheres se aperaltam e saem com os amigos em grandes farras, não é por acaso que acordamos em várias camas, em várias noites de sexo vadio, sexo selvagem em que apenas entregamos o corpo. A alma fica à porta, ou fica, como disse muitas vezes: Entregue a uma pedra com olhos que não quer saber de mim.
Talvez essa seja a formula natural das coisas, talvez o tempo gasto a amar, sirva como propulsor para tantas coisas tão pouco profundas como uma foda no carro. Uma noite em que os cinco dedos não chegam e temos que procurar companhia para nos satisfazer o ego e os genitais carregados. Não expulsamos fantasmas ou dores de alma, expulsamos semem, gritos, orgasmos e suor. Sabe bem, sabe obviamente  bem, mas o corpo geme e a alma chora. Fodemos o corpo e gastamos o juízo.
Esgota-se a paciência, esgota-se o tempo para aturar conversas fáceis, falar do mar, do tempo ou das modas cíclicas da roupa cansa. Tal como cansam os olhos baços e vazios...
Na caminhada encontramos boa gente, encontramos gente como nós,  por vezes gostamos da partilha, conseguimos bom sexo sem preconceitos, sem merdas e com completa noção do sexo por sexo. São momentos que não esqueço, são pequenas partilhas de descoberta e conhecimento mutuo, conhecimento pessoal...

(continua amanhã)