Introdução
Certo dia do passado mês de Dezembro, dei por mim a desvendar à minha estimada Alexandra, num momento íntimo as comemorações dos 10 anos da FESTA DO ONÓFRIO! Um Festão!
O anfitrião
Importa pois retratar essa personagem, o Onófrio.
Conheci o André, como só a mãe o chamava, no mítico restaurante Lisfoz. Sim, porque trabalhei lá 2 Verões da minha adolescência. No mundo quotidiano em que a sua mãe não se englobava o dito jovem era conhecido por Onógrafo. Nunca percebi porquê. Mais facilmente entendo por os meus "compinchas" e amigos, que por mero acaso não o amavam, o tratassem por Onófrio. Porquê? Porque é um diminutivo carinhoso? Não, só porque é dificil enunciar "Onógrafo" para tais personagens fosse por embriaguez ou por falta de amor ao sujeito.
Os preparativos
Dias antes do Natal de 1998 (lê-se mil nove noventa e oito). Onófrio, "Fiuze" e o Tó Burns preparavam a festa da garagem do Onófrio. O anfitrião, qual Relações Publicas, informou-me que poderia eu convidar todos os amigos excepto "aquele que lhe chamam de Sioux"." - Não gramo o gajo!", justificava-se. Era o Nuno Almeida o visado. Frases como "arranja gajas" e "festa da mangueira" eram as mais reproduzidas. As funções estavam delegadas em mim, reputado jovem da sociedade figuerense.
O Tó Burns e o "Fiuze" tratavam do som e luz. Levaram o PC para passar música, no qual vi pela 1ª e única vez o filme... do Taveira! Os convidados teriam de se munir de comida ou combustível - de preferência alcool.
Os convidados
Saquei cerca de 20 convidados, dos quais 3 eram meninas - a irmã do Azenha, que namorava com o Ice, a Mizé e ... não me lembro da outra (devia ser boa, pois)!
Está claro que ia convidar os meus amigos todos, incluindo... o Sioux, esse mesmo - o que o Onófrio não gramava. Também foi o João Mexia, o Pedro Galo, o Ricardo Maçã, o Ricardo Santos, o João Azenha, o Ice, os Cenouras, etc. O Mancha foi convidado pelo caseiro. Tudo meninos na flôr da idade, com os seus ... 17 / 18 anos - cheios de força na verga e vontade de beber (viver)!
A festa
Começou depois de jantar. O Ricardo Santos pilotou o seu AX vermelho encardido desde o centro da cidade até aos confins do Casal d ' Areia. Levou-me com os Cenouras e o resto já não me lembro. Lembro! Lembro que levámos bebidas boas, espirituosas. Daquelas que agora já não bebo. Comemos, bebemos e festejámos (não é Almeida?!). Confesso que, devido ao meu estado de pré-embriaguez, não me é possivel recordar de tudo. Lembro sim que o Mancha - esse convidado do Onófrio desligou várias vezes o quadro eléctrico! C'um a breca! Todos sabem quanto demorava em 1998 ligar um PC e pôr música a tocar a partir do mesmo!
Entreti-me o suficiente para me lembrar que comi uns camarões tigre e, "derivado" à falta de recipientes destinados ao efeito, coloquei todos os bigodes dos camarões dentro das bebidas que estavam em cima da mesa. Perdi a conta às vezes em que fui para cima daquele sofá e me deixei cair para o chão! Não sei porquê, o Onófrio não gostou da festa e pasmem-se - culpou o Almeida por ter estragado a festa por estar sempre a desligar a luz no quadro! Eu não me lembro, mas tenho a certeza que o Nuno Almeida, Sioux estava metido nisto.
A culpa foi toda e só do Onófrio! Onde já se viu uma festa sem gajas correr bem?
Das duas, uma: ou o povo da desta andava à porrada ou destruíamos a casa. A primeira era impensável - eramos amigos e andávamos nos Escoteiros. Fomos pela segunda hipótese - e ainda nos portámos bem!
O regresso a casa
O nosso motorista, Ricardo Santos (Rica) regressou cedo a casa. Não sei porquê! A festa estava tão boa! Se calhar porque não bebia!
Decidimos regressar, portando uma garrafa de Espumante incólume. Estava cheia!
Sei que fiz-me à estrada, a pé, com o Nuno Almeida, o Ricardo Maçã, O Pedro Galo... desculpem não me lembro de mais ninguém.
Ainda era uma distância boa - mais de uma hora e meia de caminho até casa!
Fui bebendo o espumante. Não que gostasse, mas sim porque não podia nunca chegar a casa com ela e estava fora de questão abandoná-la. Pois bem, bebia e destrui-a num poste já perto do fim do rumo.
O Galo dizia-se Superman. Já na época tinha a tara! Subiu ao alto de uma barreira, no cume de uns 10m de altura de pedras e queria atirar-se. Voar, dizia!
Fica aqui um episódio nas nossas vidas, só para "danificar a camisola", como dizia o outro.
O vosso Gajo.